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SANTARÉM, Capital do Gótico!

Santarém fica no coração do Ribatejo, uma cidade muito rica em história, cultura, um miradouro sobre a região fértil da lezíria, o vale do rio Tejo conhecido pela agricultura, pela criação de gado e pela arte tauromáquica.

Santarém fica no coração do Ribatejo e é uma cidade muito rica em história e cultura, um miradouro sobre a região fértil da lezíria, o vale do rio Tejo conhecido pela agricultura, pela criação de gado e pela arte tauromáquica. No tempo dos romanos chamava-se Scalabis, daí que os seus habitantes sejam chamados de escalabitanos.

O rio Tejo e a planície fértil da Lezíria, que envolvem o planalto de Santarém, determinaram o povoamento do local desde épocas remotas. Os romanos chamaram-lhe Scalabis, marcaram o traçado urbano e tornaram-na uma das mais importantes cidades da Lusitânia. A partir do séc. VIII, o domínio mouro reforçou o papel estratégico-militar e alterou-lhe o nome para Chanterein, antecedente do actual Santarém. Em 1147, D. Afonso Henriques, conquistou habilmente a cidade, marcando definitivamente o avanço da reconquista cristã, que chegou a Lisboa no mesmo ano.

Uma das melhores formas de conhecer Santarém é através do seu património cultural e artístico durante os eventos que realçam o que o concelho tem de melhor. Em Junho, tem lugar a Feira Nacional da Agricultura onde se apresentam produtos e instrumentos agrícolas e se realiza uma feira de gado. Se for aficcionado, pode também assistir a uma tourada.

Em Outubro, é a vez do Festival Nacional de Gastronomia, a principal mostra gastronómica do país. Estes eventos são complementados por mostras de artesanato e folclore de todas as regiões do país. Se puder, não perca a dança tradicional do região ribatejana: o Fandango. Realizada no mínimo por 2 homens simulando uma disputa, simboliza a perícia dos campinos que trabalham na Lezíria.

Santarém é dona de um património riquíssimo, muitas vezes conhecida pela “Capital do Gótico”, pelos muitos monumentos que aqui se ergueram dedicados a este estilo arquitectónico e artístico, alguns já desaparecidos (como no terramoto de 1755, que destruiu tanto da cidade) ou alterados.

O seu fervor religioso é visível por toda a cidade, nas Igrejas de Nossa Senhora da Piedade, Marvila, Santa Clara, Santíssimo Milagre, Misericórdia, Jesus Cristo, Seminário, Santa Cruz, Santa Iria, São João de Alporão (com o Museu Arqueológico), Santo Estevão, São Nicolau, na famosa e inigualável Igreja da Graça, no Convento de São Francisco ou Capela de Nossa Senhora do Monte.

O Centro Histórico de Santarém é constituído por uma agradável teia de ruas estreitas e sinuosas, com linhas e cores inesperadas, onde a história parece estar presente a cada esquina, permitindo agradáveis passeios, hoje cortados ao trânsito, polvilhadas de pequenas lojas de comércio local.

As Portas do Sol, o mais famoso e notável Miradouro da cidade, onde ainda se preserva parte das muralhas defensivas da cidade, é também um agradável espaço ajardinado, paragem obrigatória de qualquer passeio por terras ribatejanas, com uma vista magnífica sobre o Rio Tejo e toda a sua envolvente.

O ponto de encontro para começar a visita de Santarém é normalmente o Jardim das Portas do Sol, a alcáçova do antigo castelo que D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, tomou de surpresa aos mouros, numa escalada noturna em 1147. Depois de admirar a paisagem deste miradouro natural, onde se encontra o Centro de Interpretação UrbiSacallabis, podemos então ir explorar a cidade.

Em direção ao centro histórico, iremos encontrar a Torre do Relógio, do séc. XIV, hoje o Núcleo Museológico do Tempo. Também é chamada Torre das Cabaças, relembrando os objetos que estão no topo e que serviam para propagar o som dos sinos que davam as horas, mas que alguém disse que representavam as cabeças ocas que a projetaram. Muito perto, fica a românica Igreja de São João do Alporão transformada em Núcleo Museológico de Arte e Arqueologia, com a cabeceira construída em estilo gótico, um dos primeiros exemplos da aplicação deste estilo arquitetónico em Portugal.

Começa aqui a viagem pelo gótico português, que evoluiu para a inspiração manuelina da Igreja de Nossa Senhora de Marvila, com um revestimento de azulejos também exemplar, do séc. XVII. Já na Igreja de Nossa Senhora da Graça, temos o gótico flamejante. No interior, encontramos o túmulo de Pedro Álvares Cabral, o descobridor do Brasil. Ao lado, podemos visitar a Casa do Brasil, que pertenceu à família desta grande figura da história portuguesa.

Para completar este breve percurso pelo gótico português, deixaremos para mais tarde a passagem pela Igreja de Santa Clara, mostrando o estilo na sua forma mais simples e austera, de acordo com a ordem religiosa das Clarissas. Neste lado da cidade, passaremos ainda pela Igreja do Santíssimo Milagre, do séc. XVI, uma das mais importantes para os escalabitanos.

Passeando-nos ao acaso pelas ruas onde encontramos edifícios de origem renascentista, chegamos à Praça Sá da Bandeira, onde vemos a Igreja de Nossa senhora da Conceição, atual Sé de Santarém, e à Igreja de Nossa Senhora da Piedade. Muito perto, o Convento de São Francisco, do séc. XIII, recuperado recentemente da sua longa história de destruições e reconstruções.

Para além de apreciar os monumentos, em Santarém poderemos deliciar-nos com a gastronomia. Afinal estamos na capital do Ribatejo, constituído por regiões ribeirinhas, férteis, que o rio inunda regularmente. O Tejo é a alma da região e por isso os peixes de rio sobressaem na cozinha, como as enguias que se comem fritas ou em ensopado, açordas de sável (na primavera, quando o peixe desova e é mais saboroso) ou ainda lampreia, que os apreciadores consideram divina.

Nesta zona de campinas onde pasta o gado bravo, o cozido de carne é uma especialidade, como a sopa da pedra ou as migas ribatejanas, uma deliciosa mistura de legumes e pão. Os doces também não desiludem, todos com muitos ovos e açúcar.

É evidente que todas estas iguarias têm um vinho certo para acompanhar. Almeirim, Cartaxo, Santarém, Chamusca e Coruche são os principais produtores integrados na Rota do Vinho do Ribatejo.

Santarém é ainda cidade de passagem da rota central do caminho português de Santiago com origem em Lisboa.

 

 

 

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Fontes e Créditoswww.cm-santarem.pt
FacebookCamaraMunicipaldeSantarem
Youtube: Municipio Santarém

IGREJA DE NOSSA SENHORA DA GRAÇA

Construção do início de 1380, com o apoio de João Afonso Telo e sua mulher D. Guiomar de Vilalobos, só foi terminada por volta de 1420.
É um grande e belo templo característico do gótico pleno português, com três naves definidas por arcos ogivais, assentes em duas alas de colunas encimadas por capitéis ornados de motivos vegetalistas e de alguns, muito poucos, com motivos antropomórficos. A iluminação é feita através de janelas ogivais e transporta-nos para um espaço que reflecte a ideia da época, “Deus é luz “.

A fachada com a rosácea e o portal flamejante são de uma harmonia perfeita dentro da profusão de elementos decorativos do gótico flamejante.

Como panteão dos Meneses, a Igreja da Graça conserva importantes túmulos daquela família, que lhe engrandecem o acervo da tumulária artística da cidade e lhe conferem um significado extremo no campo da história do enterramento, da heráldica e da epigrafia.
Para além do túmulo mais recente dos fundadores, D. João Telo de Menezes e sua mulher Guiomar de Vilalobos, salienta-se o mausoléu de D. Pedro de Meneses, com o seu jacente e da sua última mulher, D. Beatriz Coutinho, a lápide do descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral e de sua mulher D. Isabel de Castro, camareira-mor da Infanta D. Maria.


CONVENTO DE S. FRANCISCO

A sua fundação remonta a 1242, integrando-se na corrente “mendicante”, visível na amplitude do espaço, vãos altos assentes em pilares finos e ornamentação escultórica rara e sóbria. O edifício possui na sua estrutura sinais marcantes das várias épocas, do gótico ao barroco, passando pelo manuelino e renascença. Do período inicial restam boa parte da volumetria e os elementos estruturais mais importantes.

Ao longo dos séculos o mosteiro foi sucessivamente alterado por novas campanhas artísticas, como no claustro, na transformação radical do cruzeiro e em diversas capelas do interior da igreja, das quais restam elementos decorativos de grande qualidade, como o arco renascentista da Capela de Santa Ana ou a traça maneirista da Capela das Almas, panteão dos Meneses e obra do arquiteto Pedro Nunes Tinoco. Na nave central, encontra-se o coro alto, patrocinado pelo rei D. Fernando para albergar o seu próprio túmulo e o de sua mãe, D. Constança (séc. XIV). Esta estrutura é marcada por um exuberante programa decorativo que contrasta com a simplicidade do resto da igreja gótica.

 

IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO (SÉ)

A Igreja da invocação de Nossa Senhora da Conceição, inicialmente dos padres da Companhia de Jesus e, depois de 1780, do Seminário Patriarcal de Santarém, é um dos mais importantes e formosos monumentos sacros do património scalabitano. Trata-se de um edifício de estrutura e fachada maneirista construída entre 1672 e 1711. O frontispício da igreja possui cinco corpos distintos, dando uma forte impressão de força e poder. Impressão de poder que são aumentados e complementados com as duas partes simétricas do conjunto edificado, formando como que um uno e grande palácio de Deus.

O interior do templo de uma só nave possui oito capelas laterais, onde o esplendor e riqueza do barroco nos deslumbram, em nítido contraste com a sobriedade do frontispício. O tecto da nave, de pintura prospética, de 1728 com a iconografia da ascensão de Nossa Senhora, figuras Jesuítas e alegorias às partes do Mundo então conhecido.

O belo tecto da Capela-Mor é obra, em perspectiva arquitectónica, do pintor escalabitano Luís Gonçalves de Sena, executada em 1754 e que complementa o encantamento que toda a decoração interior nos transmite.

O órgão de tubos da Igreja da Sé encontra-se ao centro do coro alto, numa posição de frente para a capela-mor. Este órgão é o único, dos oito que constituem o património organístico da cidade de Santarém, que não faz parte da organaria ibérica. A sua origem é britânica, foi construído pelo organeiro inglês James Chapman Bishop, em 1835.

IGREJA DE ST.ª CLARA

Edificada em 1259 sob patrocínio do rei D. Afonso III, a igreja transformou-se no maior exemplar do gótico mendicante de Santarém, fruto dos financiamentos régios da Rainha Santa Isabel e D. Dinis, seu marido. Estes apoios ter-lhe-ão definido não só a estrutura e as amplas dimensões, como o desenvolvimento de uma importante casa monacal (desaparecida depois de 1907). Na primeira metade do século XVII a igreja foi alvo de profundas remodelações que lhe alteraram a forma e a volumetria, nomeadamente a supressão do transepto, a divisão do amplo corpo, um novo teto de caixotões e a aplicação de revestimento azulejar maneirista, retirados no âmbito das campanhas de restauro de meados do século XX.

A planta da atual Igreja apresenta três longas naves de oito tramos compostas por altas colunas góticas decoradas com pinturas a fresco e capiteis lavrados, cuja heráldica documenta o patrocínio régio. A iluminação é feita através de uma rosácea e por múltiplas frestas e janelas. Do seu património tumular destaca-se o túmulo gótico de D. Leonor Afonso, professa clarissa e filha bastarda do rei fundador.

 

MURALHAS DAS PORTAS DO SOL

Das imponentes fortificações de Santarém pouco resta. As Portas do Sol assentam sobre muralhas e têm ainda três torreões. Além da Porta do Sol, hoje varanda panorâmica, vê-se uma outra porta que dava para o Alfange. Alguns lanços de muros e um troço da Porta de Santiago, completam os vestígios do que foi um dos mais importantes castelos medievais. Ajardinado em 1896, é hoje a sala de visitas da cidade.

 

IGREJA DE S. JOÃO DO ALPORÃO - NÚCLEO MUSEOLÓGICO DE ARTE E ARQUEOLOGIA

A Igreja de São João do Hospital ou de Alporão, construída no século XII, surgiu no âmbito das lutas político-religiosas da reconquista cristã. Dado o seu enquadramento, fora do perímetro das muralhas, a igreja de S. João constituiu um ponto nevrálgico na organização urbana de Santarém. Possuía uma torre românica circular, que, juntamente com a Torre do Relógio (Cabaceiro) imprimia ao conjunto um carácter militar-defensivo. No último quartel do século XVIII ocorreu, por deliberação camarária, a demolição da Porta do Alporão e da torre da igreja. Em 1834, extinto o monaquismo, a igreja foi adquirida por um particular que a transformou em arrecadação. No século XIX, o edifício foi transformado em teatro, aqui tendo sido representadas as peças românticas da altura.

Historiadores e arquitectos da segunda metade do século XIX reconheceram o valor histórico do edifício que, após restauro, abriu ao público em 1882, como Museu Distrital. Em 1910 o edifício foi classificado como Monumento Nacional e beneficiou, em sucessivas etapas, de obras de restauro e conservação. A sua municipalização deu-se durante o período da 1ª República. O Museu é hoje detentor de um espólio arqueológico e cultural valiosíssimo. Quanto à arquitectura, a construção da igreja sofreu várias influências estéticas o que permite integrá-la nas correntes artísticas do Românico e do Gótico


TORRE DAS CABAÇAS | NÚCLEO MUSEOLÓGICO DO TEMPO

A velha Torre do Relógio é um dos elementos arquitectónicos mais conhecido e emblemático de Santarém, tendo sido, em tempos, a Torre do Relógio do Senado da Câmara. A Torre das Cabaças, ou Cabaceiro, como o vulgo a denomina, é na realidade uma Torre Relógio, de que se conhece a introdução em Portugal desde os primórdios do século XV. A designação popular fixou-se nos finais do século XVIII, derivada das sete ou oito cabaças de barro colocadas na estrutura de ferro que suporta o enorme sino de bronze datado do 1604. A Torre Relógio de Santarém, construída em meados do século XV, ergueu-se sobre uma estrutura pré-existente: uma torre do recinto muralhado da Vila medieval ligada à Porta de Alpram ou Alporão.


CENTRO DE INTERPRETAÇÃO URBI SCALLABIS - USCI

Este espaço museológico expõe achados arqueológicos da antiga Alcáçova e arredores, em vitrines, combinados com uma componente multimédia em que os visitantes têm a oportunidade de conhecer os diferentes períodos cronológicos abordados, desde a pré-história até à época contemporânea.

 

FEIRA NACIONAL DA AGRICULTURA / FEIRA NACIONAL DA GASTRONOMIA

Uma das melhores formas de conhecer Santarém é através do seu património cultural e artístico durante os eventos que realçam o que o concelho tem de melhor. Em Junho, tem lugar a Feira Nacional da Agricultura onde se apresentam produtos e instrumentos agrícolas e se realiza uma feira de gado. Se for aficcionado, pode também assistir a uma tourada.

Em Outubro, é a vez do Festival Nacional de Gastronomia, a principal mostra gastronómica do país. Estes eventos são complementados por mostras de artesanato e folclore de todas as regiões do país. Se puder, não perca a dança tradicional do região ribatejana: o Fandango. Realizada no mínimo por 2 homens simulando uma disputa, simboliza a perícia dos campinos que trabalham na Lezíria.

 

 

 

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Fontes e Créditoswww.cm-santarem.pt
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A Gastronomia em Santarém é muito diversificada.
Açorda de Sável ou Saboga, Fataça na Telha, Ensopado de Enguias, Sopa de peixe, Sável frito com açorda de Ovas, são alguns pratos confeccionados à base de peixe do Rio Tejo, o qual marca a paisagem, o costume e actividades dos Ribatejanos.

Bacalhau com magusto e Massa à Barrão são outros pratos cozinhados tradicionalmente.

No que diz respeito as carnes, o boi ou o novilho são utilizados para confeccionar espectadas em pau de loureiro. A carne de porco também tem um lugar privilegiado em todas as mesas, assim como o entrecosto com arroz de feijão, e os molhinhos, que são outros dos pratos mais apreciados.

Nos dias de festa, o guisado de borrego é um dos pratos principais. Outros petiscos apreciados são o pica-pau e os molhinhos de carneiro. Para acompanhar estes pratos, o vinho do Ribatejo é o mais recomendado.

Na Doçaria temos: Arrepiados do Convento de Almoster, Celestes do Convento de Sta Clara e Queijinhos do Céu do Convento das Donas, todos à base de amêndoas, açúcar e ovos, são doces de origem conventual, que fazem parte da doçaria tradicional. O Pampilho é outro doce da pastelaria local que é uma homenagem ao campino e representa a longa vara utilizada para conduzir o gado. Nas pastelarias de Santarém, os arrepiados, celestes e panpilhos são dos doces de maior consumo.

 

 

 

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